sábado, 3 de agosto de 2013

Joaquim Alves da Costa Freitas e a Inscrição de Paraíba

Joaquim Alves da Costa Freitas e a Inscrição de Paraíba

Eis o texto da nota da Inscrição de Paraíba como colocado por Ladislau Netto (Ladislau de Souza Mello Netto).

Cf. Netto, Ladislau,
"
Monsieur le vicomte,

Comme je faisais transporter des pierres dans ma propriété de Pouso Alto, près de la Parahyba, mes esclaves en ont apporté une qu'ils avaient déjà cassée en quatre morceaux; cette pierre présentait de nombreux caractères que personne ne comprit, je les ai fait copier par mon fils qui sait un peu de dessin, et je me suis résolu à envoyer cette copie à Votre Excellence, comme président de l'Institut historique et géographique du Brésil, afin de voir si Votre Excellence ou quelque autre personne peut savoir ce que ces lettres signifient. Et comme je suis venu dans cette capitale et que je n'ai pas eu le temps de les remettre personnellement à Votre Excellence, je les lui envoie par la poste.

Je suis avec une entière considération et respect,

De Votre Excellence,
Attentionné, dévoué et obligé serviteur.
Joaquim Alves da Costa.

Rio, 11 Septembre 1872.
"

Vejamos o que foi dito depois:

Cf. Joffily, Geraldo Ireneo,
"(...) Si, réellement, il s'agit d'un agriculteur, propriétaire de terres et d'esclaves, dans n'importe quelle province du Brésil, il serait rélativement facile de l'identifier, avec les indications dont nous disposons. Il suffirait de compulser les registres de terres, les listes du cadastre des esclaves et les listes éléctorales et autres multiples anotations où fatalement se trouverait le nom de JOAQUIM ALVES DA COSTA, au cas où existerait réellement un propriétaire de terres et d'esclaves de ce nom. Toutes ces mesures furent prises, pendant quelques mois, sans obtenir le moindre résultat, exactement parce que, comme il fallait s'y attendre, l'auteur de la lettre cherchait à se cacher et pour cela même indiqua, malicieusement, sa 'propriété' 'aux alentours de Parahyba', quand il éxiste au Brésil deux grandes régions, très distantes l'une de l'autre, avec le même nom.
(...)"

Cf. Langer, Johnni,
"Infelizmente a carta e o desenho originais foram perdidos, dificultando a exata
designação do sítio em questão. Em uma transcrição para o francês, Ladislau Neto
apresentou o trecho “proprieté de Pouso Alto, près de la Parahyba.” (1885b, p. 8). Nesta
época, existiam muitos povoados e regiões, de Minas a São Paulo, com o nome de Pouso
Alto. Também ocorriam dois rios com o nome de Paraíba, um na província de mesmo
nome e outro, na divisa do Rio de Janeiro com São Paulo. Essa falta de objetividade
prenunciou, desde logo, uma tentativa do criador da carta em ocultar o verdadeiro local.
Com o tempo, investigações realizadas pelos membros do IHGB sobre o autor do
documento, Joaquim Costa, revelaram-se infutíferas. Simplesmente esse fazendeiro não
existia e sua propriedade fora inventada. Mas com que propósitos?"
.

O que eu coloco neste artigo é que o fazendeiro Joaquim Alves da Costa Freitas de fato existia, como se pode constatar por pesquisa em interrede. O porquê de ele não ter sido encontrado, ainda é questão em aberto.

Joaquim Alves da Costa Freitas fl. 1858 -- 1884.

Cf. http://www.projetocompartilhar.org/DocsMgGL/joaquimpereiradecarvalho1857.htm , Joaquim Pereira de Carvalho d. 1857 tinha uma dívida passiva de Joaquim Alves da Costa Freitas de 142$812 como visto em seu inventário aberto 1858 em Aiuruoca-MG.

Cf. http://www.projetocompartilhar.org/DocsMgMZ/mariajustinaalves1881.htm , Joaquim Alves da Costa Freitas foi um avaliador de bens no inventário de Maria Justina Alves em 1881, em Aiuruoca-MG.

Cf. Almanak administrativo civil e industrial da Provincia de Minas Geraes 1874, pp. 376-377, Joaquim Alves da Costa Freitas era "delegado da instrucção" e "negociante de fazendas &." em 1874 em Serranos-MG, que é próximo de Aiuruoca-MG e Pouso Alto-MG.

Cf. Almanak Sul-Mineiro, 1884, Ed. 2, pp. 562-564,
"FREGUEZIA DE NOSSA SENHORA DO BOM SUCCESSO DE SERRANOS
MUNICIPIO DA AYURUOCA E COMARCA DE ITATIAYA
(...)
Fazendas etc., Negts. de
(...)
Joaquim Alves da Costa Freitas, Cap.
(...)
Fazendeiros
(...)
Joaquim Alves da Costa Freitas, Cap.", Joaquim Alves da Costa Freitas era "negociante de fazendas etc." e fazendeiro em 1884 em Serranos-MG.

Portanto poderia-se especular que a referida inscrição teria sido encontrada na região de Pouso Alto, Minas Gerais, Brasil.

Bibliografia:
Netto, Ladislau, Lettre a Monsieur Ernest Renan a propos de l’inscrioption Phenicienne apocryphe soumise en 1872 a l’Institut historique, geographique et ethnograpicque du Bresil. Rio de Janeiro, Lombarts et Comp 1885, http://www.obrasraras.museunacional.ufrj.br/o/0040/0040.pdf .
Joffily, Geraldo Ireneo, L'Inscription Phénicienne de Parahyba : Un document apocryphe depuis près de cent ans vient répercuter dans le plus grande centres paléographiques du monde, http://menadoc.bibliothek.uni-halle.de/dmg/periodical/titleinfo/94473 .
Langer, Johnni, Ruínas e Mitos: A Arqueologia no Brasil Imperial, Tese de Doutorado apresentada ao programa de pós-graduação em História da UFPR, Curitiba, 2001, http://www.livrosgratis.com.br/arquivos_livros/ea000103.pdf .
Almanak administrativo civil e industrial da Provincia de Minas Geraes 1874, http://books.google.com.br/books?id=_AI0AQAAIAAJ&hl=pt-BR&source=gbs_navlinks_s .
Almanak Sul-Mineiro, 1884, Ed. 2, http://memoria.bn.br .

Herculano L. E. Neto
Rio de Janeiro, RJ, Brasil

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